segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ISRAEL - A Terra prometida da Inovação



ISRAEL - A Terra prometida da Inovação

Israel, que vem se destacando como pioneiro em diversas pesquisas tecnológicas, dentre elas um equipamento de ultra-som de alta potência com um gerador de imagem de alta resolução por ressonância magnética que permite ver com detalhes o interior do corpo humano, sem necessidade de incisão ou inserção de sondas. Com esse sistema, os médicos conseguem focalizar uma área minúscula dentro do útero, e irradiar calor produzido pelo ultra-som para o tumor. Assim, o mioma é ressecado e absorvido pelo organismo.

Este é um exemplo dos produtos de tecnologia de ponta que Israel vem desenvolvendo e que comprova que o país fez da inovação um objetivo estratégico, tanto para as empresas, como para o governo.

Desde 1948, a sociedade israelense apoiou governos comprometidos com investimentos na educação. Um alto nível educacional é condição necessária, mas não suficiente para incentivar a inovação. A oferta de recursos humanos de alta qualificação posiciona Israel ao lado de países como Alemanha, Japão, França e as nações escandinavas. Contudo Israel leva vantagens em relação aos demais países citados pela postura audaciosa e a capacidade de assumir riscos.

“Graças à qualidade da educação, Israel é hoje um dos mais avançados países do mundo” afirmou Bill Gates.

A partir dos anos 1980, tornou-se consenso para a sociedade israelense que o desenvolvimento do país exigia uma estratégia em sintonia com o mercado global. Na década seguinte, patentes se tornaram tão ou mais importantes que produtos e serviços de alto valor agregado. Assim o Estado de Israel passou a atrair investidores e multinacionais muito mais interessados em seus centros de P&D que nas fábricas. Isso envolveu movimento de saída e retorno dos talentos do país.

Yigal Erlich, fundador e principal executivo da Yosma, uma das mais importantes firmas de capital de risco do país, foi um dos responsáveis pela transposição da cultura de risco do Vale do Silício americano para Israel. Incentivou parcerias acadêmicas entre universidades e o setor privado, criou incubadoras de empresas, e montou fundos de capital de risco.

Israel tem hoje mais de 300 fundos de capital de risco, contra pouco mais de 80 no Brasil. Como observado por Yigal: “Inovação é um negócio de alto risco, e a presença do governo é importante para ajudar a melhorar as condições.”

Em Israel, os ativos mais importantes não são os recursos naturais, industriais ou patrimônio. São indivíduos motivados, e com alta qualificação. O país demonstrou que não é preciso passar por todas as etapas para desenvolver uma sociedade. Não é investimento em infra-estrutura que promove o progresso. É a atitude e o investimento em capital humano.

Israel é um exemplo que convida a refletir sobre os caminhos do Brasil.

High-tech (Alta-tecnologia): Uma parte significativa dos principais desenvolvimentos na área de alta tecnologia no mundo são invenções israelenses. O Primeiro “pen drive” foi uma inovação israelense. O programa de mensagens instantâneo ICQ que tornou-se parte de todos os computadores do mundo foi desenvolvido em Israel. O melhor software de segurança no mundo vêm de Israel.

A maior parte do sistema operacional Windows XP usado em quase todos os computadores do mundo foi desenvolvido em Israel. A tecnologia VOIP (Voz para o Protocolo da Internet, à base de programas como o Skype), facilitando as ligações internacionais, tornando-as baratas e acessíveis foi desenvolvido em Israel. Não é coincidência que quase todos os dias ficamos sabendo que outra companhia israelense foi comprada por um conglomerado.

Israel ocupa o segundo lugar no mundo, após o Japão e à frente dos EUA, no número de patentes per capita. Se for verificada a eficiência das invenções, Israel está à frente. Das 100 mais importantes empresas de “start up” selecionadas na Europa no ano passado, dez eram israelenses.

Ciência: Israel ocupa o terceiro lugar no mundo em publicações científicas per capita. E considerando a importância das publicações em oposição à quantidade relativa, Israel ocupa o 14º. lugar no mundo. Isto inclui áreas que beneficiam toda a humanidade - pesquisa em medicina, física, matemática e outras.

Israel foi o quinto colocado no número de recipientes para as bolsas especiais para jovens pesquisadores da ERC (Conselho de Pesquisas Europeu). Mas, em relação a seu tamanho, ocupa de fato o primeiro lugar no número de pesquisadores vencedores.

Medicina: Teva é a segunda maior companhia no mundo em remédios genéricos. Há provavelmente poucos lares no mundo sem alguma medicação “Made in Israel”. Teva e outras companhias também desenvolvem novos remédios, como medicação para tratar a Doença de Parkinson. Israel participou no desenvolvimento de um tratamento para reduzir a reincidência de esclerose múltipla.

Há apenas dois anos, a Pfizer, a maior empresa farmacêutica do ano comprou um produto de uma companhia israelense que pode prevenir a cegueira. Israel lidera o campo que integra a nanorobótica e a medicina.



Postado por: Tayan Lima

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